sábado, 22 de dezembro de 2012

The Black Crowes - The Southern Harmony and Musical Companion

Até o ano de 1992, o Black Crowes - banda estadunidense formada em 1989 na cidade de Atlanta -  tinha  como marca registrada uma carga de influências de bandas dos anos 70 e 80, coisa pouco comum em uma época onde o grunge dominava as rádios e a preferência do público. Com o primeiro disco lançado em 1989, a banda poria suas referências para fora causando uma boa impressão para os anos seguintes, mas ainda assim era o estado bruto, muito aquém do que viria ser após seu segundo disco, The Southern Harmony and Musical Companion, de 92. Não por coincidência, foi o ano que Marc Ford assume as guitarras dando um "algo a mais" que o grupo não tinha ainda. 

Podemos ficar aqui falando de bandas que tentam emular grandes nomes do passado, se dizendo altamente influenciadas por bandas como Led Zepellin, Doors, Aerosmith etc, mas este não é o caso, o Black Crowes transporta você até as décadas de 70 e 80, não somente agregando a sua sonoridade a influência de grandes ícones, mas como também destilando uma boa dose de originalidade e talento.

O sucesso deste trabalho tomou o mundo espalhando hits como "Remedy", "Sometimes Salvation" e "Thorn in My Pride" nas rádios e espaços para videoclipes nas televisões mundo a fora. Um sucesso que automaticamente se tornou um clássico pela imponência da qualidade da banda e pela atmosfera setentista que a banda transformou um disco dos anos 90. 

The Southern Harmony and Musical Companion não é um disco comum, é uma verdadeira obra-prima da banda e do rock autêntico.

YM
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http://migre.me/cv5Rr

[ESPECIAL] Cazuza - Som Brasil [2008]

Homenagem é coisa séria. E é com seriedade que a Rede Globo sempre homenageou grandes nomes da música nacional.

Mesmo com o pouco espaço destinado à música brasileira de qualidade, "Som Brasil" consegue agradar. São edições que vão desde as raízes do samba aos clássicos do rock 70 e 80. Sempre muito competentes e felizes nas escolhas das bandas que compõe os espetáculos, o Som Brasil é um achado em meio a tantas outras tentativas de exibir a pura e genuína música brasileira, definitivamente, um programa gostoso de assistir.

Na última segunda, dia 3, começou as reapresentações das edições mais notáveis da tração. Som Brasil: Cazuza, gravado em 2008, foi o primeiro programa a ser reprisado. Ney Matogrosso, Bidê ou Balde, Ana Cañas e Toni Platão e banda , fazem parte do escrete convidado, e fazem jus ao convite. Belíssimas apresentações, incluindo um Ney Matogrosso MEDONHO, transformam essa edição em um clássico da atração de sextas à noite...
Tracklist
Pro dia nascer feliz - Ney Matogrosso
Faz parte do meu show - Toni Platão
Exagerado - Bidé ou Balde
O nosso amor a gente inventa - Ana Cañas
Todo amor que tiver nessa vida - Toni Platão
Maior Abandonado - Bidê ou Balde
Carente profissional - Ana Cañas
Por que a gente é assim - Ney Matogrosso
Ideologia - Bidê ou Balde
Blues da piedade - Toni Platão
Poema - Ney Matogrosso
Codenome Beija-Flor - Ana Cañas
O tempo não pára - Ney Matogrosso

O programa completo, fragmentado em 5 partes:
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Download:
PARTE 1
               PARTE 2
PARTE 3
               PARTE 4
PARTE 5

The Fall - Hex Enduction Hour [1982]

Notável disco do The Fall.

Como um dos precursores do post-punk, um dos melhores disco do estilo.
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Download: The Fall - Hex Enduction Hour

[Repost] The Stone Roses - The Stone Roses [1989]


Uma banda que te faz lamentar pela precocidade do sucesso atingido ser a mesma do declínio. Após a encandeceste estreia em 1989, os Stone Roses guiariam uma verdadeira legião de bandas influenciadas por suas guitarras e vocais melódicos que mais tarde o chamariam de Britpop, rótulo confirmado e alavancado por bandas como o Oasis e Blur, seus discípulos. 

Infelizmente, após o disco de estreia, os Stone Roses acabam não achando um caminho definitivo para o talento tão apreciado pela crítica em meados dos anos 80. Envolvida em uma dura batalha judicial com a gravadora Silverstone, a banda sucumbia vendo o tempo passar perante as grandes expectativas de um segundo disco tão bom quanto o primeiro. Enfim, após longos 5 anos desde a estreia, lançava em 1994 o decepcionante "Second Coming" que selava o destino de mais uma banda que tropeçava na "síndrome do segundo disco". A pressão por um trabalho tão exitoso quanto o primeiro acabou por dissipar a banda, que tem seu fim anunciado em 1996. A esta altura, o britpop já eclodia levando mundo a fora o legado dos garotos de Manchester.


Em outubro de 2011, a banda se reuniu para alguns shows e um possível terceiro álbum marcado para 2012, até o momento não anunciado.

YM
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Santana - All That I Am [2005]


Santana, segundo dizem, já foi "do rock". De tempos pra cá, ele segue firme com sua guitarra, a veia latina e com parcerias que vão aos extremos da música pop mundial, carimbando de vez um ''lado suave'' de um guitarrista.

Assim como seus antecessores, "All That I Am", de 2005, mescla parceiras que vão desde Kirk Hammet (Metallica), passando por Joss Stone, Mary J. Bridge e culminando no excêntrico, Big Boi, do duo de rap OutKast. Tudo isso regado a muito remelexo latino e suas performances com sua afiada guitarra.

Destaque para "Just Feel Better", onde  Steve Tyler e sua voz intensa, dão um tom interessante para a canção.

YM
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Download: http://migre.me/crYUF


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Cocteau Twins - Treasure [1984]

Ao longo das minhas 'lucubrações' no post-punk dark da década de 80, encontrei o Cocteau Twins. Experimentalismo, viagens e muitas outras coisas na banda original de Liz Fraser, uma das colaboradoras do Massive Attack.

Lançado em 84, é considerado o melhor trabalho da banda.

YM
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Download: Cocteau Twins - Treasures

Alice in Chains - Unplugged [1996]

A série "Unplugged" da MTV gringa sempre foi uma baita de uma oportunidade de revelar lados até então desconhecidos de algumas das mais importantes bandas dos anos 90. A exemplo do Nirvana e Kiss, Alice in Chains - Unplugged, de 1996, não foi diferente.

Muito longe da rebeldia e psicose demonstrada ao longo da carreira, uma das maiores bandas grunge nos deu o prazer de vê-los de cara limpa e alma lavada, o seu outro lado. Um lado real, desplugado não somente das caixas amplificadoras, mas também desplugados da obscuridade que o sucesso causava neles. Sim, o sucesso é capaz de deixar uma coisa obscura, sem face e desconhecida, aos olhares de quem aprecia a essência que a música é capaz de exalar em um momento como esse.

O 'Unplugged' do Alice in Chains é considerado um dos mais importantes para os fãs e a cena grunge por ser uma das últimas aparições de Layne Staley em vida a frente da banda. Digo "em vida", pois o vocalista está presente na garganta e no legado de muitas outras bandas posteriores.

Discos importantes, mais vendidos, mais influentes ficam de lado com essa declaração que soa como um: "Olhem! nós somos de pele e osso".

Velas, sentimentos e violões em brasa...

YM

Abaixo, o concerto completo via Youtube

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Download: Alice in Chains - Unplugged

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Archive - Londinium [1996]

O trip-hop está para o mainstream assim como um vira-lata está para a calçada da fama. O estilo não admite acordes brilhantes, chamativos ou refrões cansativos e pegajosos que a música pop empurra aos pobres ouvintes das mais pobres ainda "rádio hits", mundo a fora. O trip-hop nasceu como um câncer silencioso nascido nas entranhas do gueto londrino, em meio a uma época que a explosão criativa dos britânicos aparentava suportar apenas a guerra pseudoalternativa entre Oasis e Blur.

Não. Havia mais que isso. Mas nada espalhafatoso, brilhante ou colorido. Como devia ser.

Seguindo esta trilha, "Londinium", do Archive, chega as lojas em 1996 sob forte influência dos mestres e inventores do estilo (Massive Attack e Tricky dominavam na época) e fez com que a banda trilhasse a linha de originalidade que o trip-hop exige, sem que esbarre na mesmice, ou pior, no pop travestido de alternativo.

Podemos atestar que a proposta do disco foi muito bem aceita e seu objetivo, alcançado com louvores. Louvores londrinos, para dizer a verdade. Louvores discretos, frios, como devia ser. "Londinium", como o próprio nome sugere, é uma reflexão sobre o passado, presente e futuro da cidade, tais como os valores absorvidos pela cultura urbana, vindos sei lá de onde ...da rua, talvez. 

Em cada faixa se vê o conjunto orquestrado com maestria ímpar, algo fora o comum. Um punhado de canções com um só propósito: descrever as características mais íntimas de uma cidade. É um verdadeiro olhar para dentro das próprias raízes, para dentro da própria alma. No melhor estilo londrino, nublado e discreto ...como devia ser...

YM

Ano que vai indo. Um ano de blog. Talvez muito pouco para o que eu poderia externar com todos vocês (?!?!?) sobre o pouco que sei de música, mas uma quantidade significantemente importante para mim. Este post é mais do que especial, nem muito pela data, mas sim pelo disco em si. O meu disco do ano.
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Download: Londinium
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