quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

VA - Movement - BBC Radio 1 Peel Sessions 1977 - 1979 [2011]



As famosas Peel Sessions, gravações de artistas ao vivo no programa do DJ inglês John Peel na BBC, acabam de ganhar uma coleção dedicada a um dos períodos mais criativos e interessantes da música pop.

“Movement – BBC Radio 1 Peel Sessions 1977 – 1979″ faz em 41 faixas uma espécie de registro da diversidade e importância do programa em um momento em que a música britânica fervilhava. A seleção tem nomes –então novos– do punk, pós-punk, reggae, ska e veteranos do pub rock em apresentações exclusivas nos estúdios da BBC para o programa de Peel.

The Jam, Buzzcocks, Siouxsie and The Banshees, Stiff Little Fingers, Joy Division, Simple Minds, Public Image Limited, Steel Pulse, Madness e Human League são apenas alguns dos artistas que contribuem com faixas para a compilação. Há ainda nomes menos conhecidos, como Tom Robinson Band e The Flys, que servem como exemplo para o ecletismo do programa. Bastava sua música cair no gosto do DJ para ganhar espaço.

“Movement” é o primeiro volume de uma série com os arquivos das Peel Sessions que a BBC e a EMI prometem para os próximos meses.

Até a morte do radialista, em 2004, ter sua música tocada no programa e ser convidado para gravar uma Peel Session era algo almejado por muitos artistas, novos ou não. O DJ Marc Riley, que assina o texto no encarte do lançamento, diz que “se John não tocasse seu disco, os dias de sua banda estavam praticamente contados.” Pode parecer exagero, mas dá uma ideia da dimensão e importância de Peel para a formação de diferentes gerações de bandas e ouvintes.


Desde que comecei a me interessar por música,  fazia o possível para comprar ou gravar em fitas os discos em vinil que a gravadora Strange Fruit lançava com algumas das Peel Sessions. Graças à internet, ouvi ao vivo o programa por quatro anos, até a morte do radialista.

Nesse curto período de tempo, conheci artistas dos quais nunca tinha ouvido falar antes, e provavelmente continuaria sem conhecê-los, sem ouvir o programa que Peel apresentava três vezes por semana.

Em mais de 40 anos de carreira, John Peel nunca perdeu o interesse pelo novo e diferente. Em seu programa era possível ouvir na mesma noite, e em sequência, uma banda de indie pop, um death metal, um tecno hardcore e um clássico do reggae. Tudo junto e fazendo sentido.

Link: UOL

Tracklist


CD 1

1.  In The City (John Peel Session)
The Jam
2.  What Do I Get (John Peel Show 7th Sep 1977)
Buzzcocks
3.  Youth Youth Youth (John Peel Session)
Generation X
4.  No More Heroes (John Peel Session)
The Stranglers
5.  Gary Gilmour's Eyes (John Peel Session)
The Adverts
6.  Love And Romance (John Peel Session)
The Slits
7.  Science Friction (John Peel Session)
XTC
8.  She's A Wind Up (BBC John Peel Session)
Dr Feelgood
9.  Don't Take No For An Answer (John Peel Session)
The Tom Robinson Band
10.  Sex, Drugs & Rock 'N' Roll (John Peel Session)
Ian Drury And The Blockheads
11.  Deutscher Girls (John Peel Session)
Adam & The Ants
12.  Hong Kong Garden (John Peel Session)
Siouxsie & The Banshees
13.  Another Girl Another Planet (John Peel Session)
The Only Ones
14.  Get Over You (John Peel Session)
The Undertones
15.  Top Of The Pops (John Peel Session)
The Rezillos
16.  Love And A Molotov Cocktail (John Peel Session)
The Flys
17.  Sound Of The Suburbs (John Peel Session)
The Members
18.  Alternative Ulster (John Peel Session)
Stiff Little Fingers
19.  The Saints Are Coming/His Name Is John Peel (BBC John Peel Session)
Skids
20.  We Are The People (John Peel Session)
Angelic Upstarts
21.  S.U.S. (John Peel Session)
The Ruts
22.  Homicide (John Peel Session)
999
23.  Reader's Wives (John Peel Session)
John Cooper Clarke

CD 2

1.  Movement (BBC In Concert 27/06/79)
Penetration
2.  Goodbye Joe/Strange Boutique (John Peel Session)
The Monochrome Set
3.  The Other Window (Original Version) (John Peel Session)
Wire
4.  The Light Pours Out Of Me (Peel Session)
Magazine
5.  Transmission (John Peel Session)
Joy Division
6.  Wardance (John Peel - 17/10/79)
Killing Joke
7.  Being Boiled (John Peel Session)
The Human League
8.  Messages (Peel Session 1)
Orchestral Manoeuvres In The Dark
9.  Sister Europe (John Peel Session)
The Psychedelic Furs
10.  Premonition (John Peel Session)
Simple Minds
11.  Poptones (BBC Radio 1 John Peel Session)
Public Image Ltd
12.  Jah Pikney (Rock Against Racism) (John Peel Session)
Steel Pulse
13.  It's Not Our Wish (John Peel Session)
Aswad
14.  Food For Thought (BBC Radio One John Peel Session)
UB40
15.  Gangsters
The Specials
16.  The Prince (John Peel Session)
Madness
17.  Street Feeling (John Peel Session)
The Selecter
18.  Ranking Full Stop (John Peel Session)
The Beat

YM
_______________________________________________
Download: Movement - BBC Radio 1 Peel Sessions 1977 - 1979

Violent Femmes - The Blind Leading The Naked [1986]

O terceiro disco do Violent Femmes não se compara aos dois primeiros, mas chega a empolgar em alguns momentos, segue na mesma linha dos dois discos anteriores, com a mistureba de elementos que caracterizam a banda. Destaques para "No Killling" e "I Held Her In My Arms".

YM
_________________________________________
Download: Violent Femmes - The Blind Leading The Naked

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Violent Femmes - Hallowed Ground [1984]

Segundo álbum do Violent Femmes, trata-se de um tapa na cara dos fãs que achavam que a banda seguiria a mesma temática descompromissada do primeiro trabalho, em 1986. Rasgando o country até não guentar mais, o disco segue com um jeito meio atípico de demonstrar a religiosidade de Gordon Gano, o guitarrista. Com uma fé repleta de culpa e desespero, refletindo em letras cheias de paranóias, o disco segue "obscuro" até o fim, o jeito obscuro dos Femmes de ser. 
YM
______________________________________
Download: Violent Femmes - Hallowed Ground

domingo, 26 de fevereiro de 2012

The Jesus and Mary Chain - Darklands [1987]

Um dos discos-base da história do Jesus. Dos ruídos ensurdecedores à melodias suaves e um som mais melódico daí em diante. Inspirados no rock dos anos 60 (mais precisamente o Velvet Underground) fazem desde disco um dos maiores da década e necessário a todo simpatizante do gênero que embalou a juventude britânica nos anos 80. Destaque maior para "April Skies" e "Happy When It Rains".



YM
______________________________________________

James - Fresh As a Daisy - The Singles [2007]


Ouvir compilações é um ótimo jeito não só de conhecer a história de uma banda como impregna-la de vez em sua playlist diária. Foi o que aconteceu comigo, a tempos queria conhecer melhor essa banda, mas por falta de oportunidade fui adiando e esquecendo com o tempo, até então conhecia apenas "Born of Frustation", canção muito estimada da juventude. Bateu uma saudade e voltei a escutar com frequência coisas dos anos 80 e o James é uma delas. Agradável e viciante, boa pedida!

YM
______________________________________

The Stooges - Raw Power [1973]

Vou na leva do disco abaixo e posto esse cláááááááááássico dos anos 70. Poderoso Iggy! o cara é um totem do estilo rebelde que culminou no punk rock, começou lá atrás com o chamado protopunk e teve brutal responsabilidade do que aconteceu desse disco pra cá, disco de cabeceira de todo rockeiro que se preze, Raw Power é uma obra prima que você não pode deixar de ouvir. "Search and Destroy" é um verdadeiro hino em diversas tribos, ou como dizem os skatistas: -"Skate and Destroy"!. 

YM
_____________________________________

X - Los Angeles [1980]

Banda dos primórdios do punk na história, com raízes na Califórnia nasceu em 1977 e se mantém ativos até hoje (com alguns hiatos, é claro) combina entre muitas outras influências o country e folk rock, mas são classificados como uma banda punk clássica. Este é o disco de estreia, considerado o mais bem sucedido e é o melhor "rankeado"(muito bem rankeado, diga-se de passagem) pela crítica especializada, inclusive como um dos 500 melhores da história. O X tem as vozes de John Doe e Exene Cerveka, dueto até então pouco visto em bandas do gênero.
Mais um fruto da gloriosa trilha sonora do THUG 2. Ahhhhh que saudades daquela época...



YM
_______________________________________________
Download: X - Los Angeles

The Sisters of Mercy - The First and Last and Always [1985]

Precursores do chamado "gótico" na década de 80, o The Sisters of Mercy nunca abraçou a paternidade do estilo, tampouco o rótulo (talvez por vergonha do que o rock "gótico" é hoje), mesmo assim são frequentemente citados como influência de inúmeras bandas que tem traços sombrios em suas faces. A banda teve três disco de estúdio lançados, este é considerado o melhor e mais consistente pois foi feito antes da dissolução do grupo a partir de 1986, que inclusive culminou na formação de outra banda importante desse período, o The Mission UK. Um vocal marcante, som obscuro e sombrio e letras que falam de amor, tristeza, desilusões e toda atmosfera gótica que só as bandas oitentistas dessa fase souberam fazer com maestria. Destaques para "Black Planet", "Walk Away" e "Marian". 
Gótico, eu? Gótico é a tua mãe! :D

YM
___________________________________

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

My Bloody Valentine - Isn't Anything [1988]

Banda importante da década de 80, tem notáveis influências de bandas que vão desde Mission até The Jesus and Mary Chain, influenciou outras bandas ao longo da década de 90. O primeiro disco foi lançado com certo atraso, tendo em vista aos 3 EPs que preparavam o terreno pra uma mudança no som da banda, que inicialmente puxava mais para o gótico e new wave. "Isn't Anything" se mostrou um grande sucesso de público e crítica e é considerado um dos trabalhos mais influentes da década de 80. Destaque para a alucinante "Feed Me With You Kiss". 

YM
____________________________________________
Download: My Bloody Valentine - Isn't Anything

Echo and The Bunnymen - Ocean Rain [1984]

Pérola da banda do ano de 1982, um dos maiores discos de todos os tempos de uma das melhores bandas de todos os tempos. Ventilado na imprensa como o "maior álbum já feito"(palavras do próprio vocalista), não atingiu as expectativas do polêmico Ian McCulloch que talvez tenha sido entoxicado pela atmosfera parisiense pra dizer uma heresia dessas. Enfim, um pouco dessa polêmica serviu pra alavancar ainda mais as vendas do disco que alcançou as maiores posições dos "top top" da Europa e EUA, o que creditou o disco como um dos símbolos da década de 80, acredito que isso seja suficiente, não é, Ian?
Essa música é um marco da história! "Killing Moon", considerada uma das melhores composições da banda, abaixo o clipe:

YM
__________________________________________

The Jesus and Mary Chain - Psychocandy [1985]

Tava faltando! Mas antes tarde do que nunca, vou postar um disco de uma das minhas mais queridas bandas, é o The Jesus and Mary Chain, alternativos até o caroço, os caras lançaram o Psychocandy em 1985, disco de estreia e um dos tops da história da banda e do Reino Unido. Os caras sempre tiveram um visual esquisito, dark, bem ao estilo pós-punk da época e muitas histórias curiosas no início de carreira (sempre ralacionadas ao comportamento dos integrantes). O som tem uma carga pesada, distorcida e alguma melancolia nas composições. A banda acaba oficialmente em 1997 devido a desentendimentos entre os membros, mas volta em 2007 e está na peleja até hoje.

YM
______________________________________

Townes Van Zantdt - Townes Van Zandt [1969]

Townes Van Zandt está para o folk, como Cash está para o Country. Bandeira do gênero, no entanto, desconhecido. Cantor, compositor e poeta, morreu em 1997 com complicações relacionadas ao uso de drogas e álcoool, serviu como inspiração para nomes como Bob Dylan, este um dos seus maiores fãs. Conheci este disco em uma madrugada qualquer assistindo um programa da MTV que desossava clássicos da música, vale apena escutar.

YM 
_________________________________________
Download: Townes Van Zandt - Townes Van Zandt

Violent Femmes - Violent Femmes [1982]

O Violent Femmes é uma banda formada em Milwaukee em 1982, o estilo transita em folk, pós-punk e country. Transita, isso mesmo, por ser tão diferenciado é difícil até de rotular. O primeiro álbum da banda é "Violent Femmes", de 1982, disco de baixíssimo custo combinou com a pouca visibilidade, logo, fraco desempenho comercial, mas um fato curioso sobre ele é que quase 10 anos após o lançamento, chegou a faturar "disco de ouro" por alcançar mais de 10 milhões de cópias vendidas! 

Descobri essa banda jogando o majestoso Tony Hawk's Pro Skater Underground 2 nos meus tempos de pivete. Era "Add it up!", parte da trilha do jogo. Memorável! 

YM
__________________________________________
Download: Violent Femmes - Violent Femmes

The Good, The Bad & The Queen - The Good, The Bad & The Queen [2007]

Damon Albarn é definitivamente um gênio da música dos anos 90 e 00. O cara é bom e todo mundo sabe, afinal, o sucesso do Blur e do Gorillaz não vieram por acaso, renderam frutos muito bem plantados em suas determinadas épocas, do britpop que rivalizava com o Oasis como a "melhor banda da Grã-Bretanha" à "revolução" (em todos os sentidos) da definição de banda, isso já no fim dos anos 90 com o Gorillaz, banda formada por integrantes virtuais, shows com direito a efeitos 3D e interação com o público (algo jamais visto até então), tudo arquitetado pelo motherfucker de Londres. Enfim, tudo que está ligado a Albarn merece atenção.

Pois é. Fim de ciclo do Blur e Gorillaz levaram 2D a trabalhar em outro projeto, este, inicialmente mais pessoal, eram canções que planejava lançar em mais um disco da carreira solo. Não foi bem isso que aconteceu, Damon Albarn resolve se juntar com Paul Simonon (ex-Clash), Simon Tong (Verve, Gorillaz e Blur) e o baterista Toni Allen (Africa'70) e chamar o que seria um projeto solo de The Good, The Bad and The Queen, uma banda pronta e com um excelente trabalho a ponto de bala, o disco homônimo de 2007. Produzido por Danger Mouse, integrante do badalado Gnarls Barkley, o disco retrata bem o ponto de vista de Albarn em retratar a atmosfera londrina, com um jeito criativo e inteligente, mais uma vez ele se afirma como um dos caras mais respeitados da música britânica nos dias de hoje. Vale apena conferir!

"Kingdom of Doom" foi o segundo single a ser lançado. Clipe que mostra o "café da manhã inglês", reforçado é apelido pra eles UAHUHAU.

YM
_______________________________________________

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

The Killers - Sam's Town [2006]

Passada a minha loucura carnavalesca no exílio em uma rede qualquer à beira do rio, retorno com as minhas atividades no blog com esse excelente trabalho dessa banda nascida em Las Vegas, o The Killers. Vamos lá?

Álbum de afirmação do The Killers, após a ótima estreia com o afamado Hot Fuss, de 2004, eles se reinventam e trazem um trabalho que seria o divisor de águas da banda daí pra frente. Inspirados em grandes nomes da música, dentre eles o maior e mais evidente: Bruce Springteen, tem todo o ufanismo característico das suas letras lá dos anos 80 posto em um trabalho que deu liga a uma banda vista ainda com certa desconfiança - a se julgar pela pressão da "síndrome do 2º disco" - e confirmou como uma das mais criativas e ousadas da década passada. Os Killers puseram a cara a tapa, mudando totalmente a sonoridade do disco anterior e, de certa forma, amadurecendo em alto estilo e angariando novos fãs e desagradando outros (mais ligados ao Hot Fuss), no fim o resultado foi bom pra banda e para quem gosta de rock de qualidade.
De dançantes a cult, no som e no estilo, total mudança no status, notaram?

Me lembro bem dessa época e posso dizer com certa propriedade, acredito que acertaram ao dar essa reviravolta, tendo em vista aos discos lançados na época, as tendências e a carga comercial necessária a todo debut, tinham que arriscar algo mais ousado, agradaram, fizeram sucesso e pavimentaram um caminho pra trabalhos melhores, foi isso que aconteceu no ano de 2006. 

Bombardeado pelos antigos fãs, por uma parte da crítica e reverenciado por novos adeptos e outra parte da crítica musical da época, e você? o que acha? baixe e confira!

YM
_________________________________________

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Dead Fish - Zero e Um [2004]

O Dead Fish é uma banda de hardcore importante no cenário underground brasileiro, com muitos anos de estrada, pode bater no peito e se orgulhar da influência e respeito no circuito hardcore/punk nacional e do seu fiel público. "Zero e Um", lançado em 2004, é o disco de maior expressão da banda abocanhando algum reconhecimento da zona pop das rádios e tv, aliás, na MTV que comecei a ouvir (o clipe de "Bem-Vindo ao Clube" e "Você" eram bastante exibidos) e passei a gostar desde então. 
Letras "cruéis", faixas curtas e um vocal ignorante te faz sacudir o resto que sobrou do teu juízo. Destaque pra "Tão Iguais", "A Urgência", "Bem vindo ao Clube", "Por Não Ter o Que Dizer", "Você" e o meu hino pessoal, "Queda Livre".
________________________________________________
Bem vindo ao clube, idiota.
_______________________________________________
Download: Dead Fish - Zero e Um

NOFX - White Trash, Two Heebs And A Been [1992]

Trabalho de maior sucesso do NOFX, banda californiana dos anos 80. Lançado em novembro de 1992, foi o primeiro a não ser produzido por Brett Gurewitz, compositor e um dos pilares do Bad Religion, embora lançado pela gravadora de Brett, ele não teve muita influência neste disco. Esse trabalho marca um passo importante: a estreia de El Hefe, novo guitarrista, responsável pela mudança dos padrões do som da banda.

A grande qualidade de bandas do nível do NOFX é o orgulho e fidelidade à música alternativa, rebeldes e anticomerciais, fazem o que querem, independem de vontades alheias e más influências que destroem a reputação das bandas punk.
______________________________________________

Rancid - ...And Out Come The Wolves [1995]

O auge do sucesso do Rancid foi em 1995, com o exitoso ...And Out Come The Wolves , mostrando toda a essência da banda que seguiu a tendência de incluir novas sonoridades no punk rock. Este disco formou a tríade de trabalhos que são responsáveis por uma nova linha do punk dos anos 90 pra cá, junto com "Dookie", do Green Day e "Smash", do Offspring, foram marcantes discos da década antepassada.

Incrivelmente diversificado, ...And Out Come The Wolves, traz de volta as raízes da antiga banda de Tim Armstrong. Muito bom!
Destaque principal: "Ruby Soho"
_____________________________________________

Rancid - Rancid [1993]

Anos 90, Califórnia, de lá saíram os principais nomes de bandas punks que se conhece, celeiro muita atitude e muita diversidade. E é de diversidade que viveu a nova geração de "rebeldes sem causa" dos anos 80 e 90, e o Rancid é um belo exemplo disso. Nascidos no início da década antepassada fazem parte da nova geração do punk rock voltada cada vez menos para o engajamento social e menos "fiéis" as raízes. Nem sempre isso é ruim, os caras são a exceção à regra.

Som mais dissolvido, misturando elementos da música latina, ska e hardcore, os caras surgiram com o primeiro disco em Maio  de 1993, seguindo de frente com o ascendente sucesso do grunge nos EUA, buscaram fazer barulho sem aquele grande impacto que o estilo tinha nos anos 70 junto com nomes como o Green Day, este sim, não são exceção. Gostos a parte, segue o debut do Rancid.
______________________________________________________
Download: Rancid - Rancid

Bad Religion - No Control [1989]

Quarto álbum de umas das maiores bandas de punk rock dos anos 80, tarimbados na música underground, o Bad Religion teve a carreira marcada por grandes momentos de inspiração e outros nem tanto, meio irregulares na década de 90, mas sempre com um hit ou dois entre os seus trabalhos. No Control, de 1989, segue mais rápido e intenso que o seu antecessor, "Suffer", este bastante respeitado entre os maiores êxitos do punk rock na história, só que ao contrário desde, No Control foi bem mais sucedido comercialmente chegando a marca de 60.000 cópias vendidas.

"Big Bang", "No Control" e "I Want to Conquer the World" são as preferidas desde clássico.
_________________________________________________________
Download: Bad Religion - No Control

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Dead Kennedys - Fresh Fruit for Rotting Vegetables [1980]

Seguindo a linha dos clássicos apresento outro marco importante tanto da fase revival do punk quanto do punk tradicional, o disco de estreia da banda norte-americana Dead Kennedys que "aterrorizou" as famílias conservadoras durante a década de 80. Com um passado marcado por brigas, dorgas, muitas polêmicas e alguns processos judiciais nas costas, o Dead Kennedys se mantém em evidência até hoje como símbolo da insatisfação social  contra o conservadorismo e a repressão que assolava a época, os Kennedys se confundem com a história do renascimento do punk tamanha é a sua identificação e influência no meio.

Letras que criticavam duramente a sociedade da época com muita raiva, sarcasmo e agressividade consolidaram Jello Biafra como um anarquista influente em uma sociedade que precisava ser sacudida. Estúpido de cabo a rabo!


YM
__________________________________________

VA - Post Punk - Original Anthens From 70's and 80's Post Punk Scene [2009]

Excelente compilação que abrange os maiores nomes pós-punks das décadas de 70 e 80. Bandas importantes como Bauhaus, Joy Division, The Jesus an Mary Chain, Echo And The Bunnymen, Stooges e outras tem seus maiores hits divididos em 3 discos. Imprescindível pra quem gosta do estilo e pra quem quer conhecer mais sobre algumas das bandas de maior influência no mundo nas décadas passadas. 

Disco 1
1-2     Bauhaus – Kick In The Eye
1-2 Theatre Of Hate – Do You Belive In The Westworld?
1-3 Pixies – Bone Machine
1-4 Jesus & Mary Chain, The* – April Skies
1-5 Birthday Party, The – Release The Bats
1-6 Lords Of The New Church, The* – Li'l Boys Play With Dolls
1-7 Love And Rockets – Ball Of Confusion
1-8 Chrome (8) – Perfumed Metal
1-9 Joy Division – Shadowplay
1-10 Modern English – Just A Thought
1-11 Sound, The (2) – I Can't Escape Myself
1-12 Dead Can Dance – The Fatal Impact
1-13 Einstürzende Neubauten – Kollaps
1-14 Wolfgang Press, The – Lisa (The Passion)
1-15 Nico (3) – Sãeta



Disco 2
2-1 Fall, The – R.O.D.
2-2 Pere Ubu – Final Solution
2-3 Bauhaus – Adrenalin
2-4 Mission, The – Wasteland
2-5 Tones On Tail – Go!
2-6 Alien Sex Fiend – E.S.T. (Trip To The Moon)
2-7 Liaisons Dangereuses – Los Niños Del Parque
2-8 Sisters Of Mercy, The – Black Planet
2-9 Rowland S. Howard & Lydia Lunch – I Fell In Love With A Ghost
2-10 Mekons, The – Where Were You?
2-11 Wedding Present, The – Waiting On The Guns
2-12 Certain General – Maximum G
2-13 Sex Gang Children – Sebastine
2-14 Mephisto Walz – Israel
2-15 Camper Van Beethoven – Take The Skinheads Bowling


Disco 3
3-1 Wayne Hussey – A Night Like This
3-2 Echo & The Bunnymen – The Killing Moon
3-3 Lords Of The New Church, The* – Russian Roulette
3-4 Killing Joke – Love Like Blood
3-5 Gary Numan – Cars
3-6 Echo & The Bunnymen – Lips Like Sugar
3-7 Joy Division – Ice Age
3-8 1919 – Caged
3-9 45 Grave – Evil
3-10 Super Heroines – Cry For Help
3-11 Christian Death – Romeo's Distress
3-12 Inkubus Sukkubus – Spellbound
3-13 Bongos, The – Video Eyes
3-14 Doctors Of Madness – Waiting
3-15 Snail (7) – Last Dog In Space
3-16 Iggy Pop – Nightclubbing


YM
_____________________________________________________

Bad Brains - Bad Brains [1982]

Aqui vai uma das obras primas do punk rock, um verdadeiro clássico e um dos pilares do estilo predominante nos anos 80 e 90, o hardcore. O Bad Brains é considerado um dos mentores dessa variação do punk (disseminação) setentista e incorporou novos elementos e influências ao velho esquema dos três acordes as batidas de reggae e funk já consagradas pelo Clash. Essas influências eram tão latentes que acabaram por rachar o grupo entre os que seguiriam tocando punk rock e os que queriam o reggae como como base da banda. Letras com a agressividade já conhecida, riffs rápidos e apresentações ao vivo marcantes marcam a trajetória dessa expressiva banda dos anos 80. Fuck UP!
Banda de negão que faz rock pra ninguém botar defeito!

YM
________________________________________________
Download: Bad Brains - Bad Brains

The Cure - Desintegration [1989]

Trabalho mais aclamado de umas das bandas mais cultuadas nos anos 80, o The Cure. Sonoridade obscura e muito depressiva refletiu diretamente a personalidade do vocalista e líder do grupo, Robert Smith, Disintegration acaba por ser um dos mais importantes da época servindo de influência para outros grupos. Smith traduziu em um disco tudo o que se passava em sua cabeça e de uma geração inteira.

Melancólico, sombrio e perfeito.

YM
_________________________________________

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

The Clash - London Calling [1979]

London Calling, ou "O chamado de Londres" é o terceiro trabalho de estúdio do Clash e foi lançado em 1979. Um disco incomum na cena punk dos anos 70 tanto pela genialidade dos músicos explorada ao extremo quanto a diversidade de sons que ele puseram a prova em um resultado que até hoje é tido como marco da música nos anos 70, uma verdadeira obra-prima que só se vê de tempos em tempos. 

Experiências com várias sonoridades como reggae, ska, rockabilly, blues, jazz e pop, até então jamais usadas por bandas punks fizeram de London Calling um divisor de águas da época e um disseminador do estilo que, esmiuçado em trocentas partes, foi apresentado ao grande público. Uma parte positiva do processo de "descriminalização" (pelo menos era assim que a tribo era vista antes desse disco) que abriu outras possibilidades, inclusive possibilidades negativas como a banalização do termo "punk" e o fim da fidelidade do som e atitude tão endossadas lá nos anos 70.

Um dos maiores discos de todos os tempos de onde saíram alguns dos hinos mais conhecidos da banda como "London Calling", "Death or Glory", "The Guns of Brixton" e "Train in Vain". 

YM
______________________________________________

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Suzanne Vega - Solitude Standing [1987]


Marco na carreira dela e na década de 80, afinal, quem nunca ouviu "Luka"? Quem é mais velhinho se recorda do enorme sucesso dessa canção de melodia agradável, uma voz doce e letra tocante. Ouvi este disco em 2006 logo após ouvir "Luka" (tocada pelo Lemonheads) e tive curiosidade em conhecer quem escreveu a letra e então me deparei com esse importante trabalho de Suzanne Vega. 
"My name is Luka..." - Um pedaço da minha vida, sem dúvida.

YM
___________________________________________
Download: Suzanne Vega - Solitude Standing

Evan Dando - Baby, I'm Bored [2003]

Um trabalho especial, gravado com um gosto de vitória pelo ex-vocalista e símbolo do Lemonheads, Evan Dando. Vitória sobre as drogas e a depressão que todo rockstar de respeito há de superar um dia. Após anos capengando e vendo o Lemonheads ruir, ele volta de surpresa em 2003 com um disco muito bem recebido pela crítica e pelo seleto grupo de fãs em todo o mundo. 

Canções como "Stop My Head", "The Same Thing", "Rancho Santa Fe" e as demais (gosto de todas) que, por serem tão íntimas e pessoais dão a notícia que todos queriam ouvir: Evan está vivo outra vez.
YM
__________________________________________
Download: Evan Dando - Baby I'm Bored

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Psychedelic Furs - Talk, Talk, Talk...[1981]

Grande banda, uma das minhas favoritas. O Psychedelic Furs pertenceu ao gênero denominado "pós-punk" lá no fim dos anos 70 alcançando o sucesso comercial com belíssimos discos, o mais famoso deles é o "Talk, Talk, Talk..." de 81 junta o pop e a aura underground característica daquela época, hits como "Pretty in Pink" e "Dumb Waiters" abriram janelas para voos mais altos.
Acho essa a melhor canção da carreira deles, mas não acho o melhor disco, o Midnight to Midnight, de 1987 me agrada mais. Acima está "Pretty in Pink", tema do filme "A garota de Rosa Choque", de 1986.
_______________________________________
Download: Psychedelic Furs - Talk, Talk, Talk...

Tricky - Blowback [2001]


O Tricky foi uma das maiores surpresas que tive em termo de música nesses últimos tempos, lendo uma coisa aqui outra ali (sempre com o Blue Lines ou Protection atracado na orelha) e com uma dose de curiosidade e outra de receio. Será que vou gostar? "Olha que cara estranho, feio e fumacento HAHA. Acho que o 3D chutou ele do Massive Attack por isso". Crasso engano.

Um artista genial, chuta mesmo o que tem dentro de si para as letras e batidas que compõe/produz/canta/dança/atua etc. Completo e talentoso, mesmo sem a fama merecida. Se bem que talvez ele nunca quisesse essa "fama" e foi que isso norteou boa parte dos seus trabalhos desde o aclamado "Maxinquaye", sempre renovando com discos completamente atípicos musicalmente (e absurdamente criativos) e diferentes um dos outros. Esse é o Tricky para os fãs e simpatizantes.

Agora o Tricky pra crítica especializada é bem controverso, na verdade essa crítica especializada foi a mesma que o exaltava no seu primeiro disco, aquele marco da música dos anos 90, cuja classificação deu nome e rótulo a tantos outros grupos de Bristol tal qual o mesmo Massive Attack que o revelou ao mundo. O Trip-Hop nasceu do ventre de Tricky? não! talvez venha daí a vontade de variar tanto em seu repertório e experimentar novas sonoridades em seus discos (atitude tida como blasfêmia, irregularidade, excesso de maconha entre outras asneiras). 

Uma prova disso é o Blowback, de 2001, um  trabalho "ensolarado" e diferente de tudo que se viu antes, durante e depois do MaxinQuaye. Do alternativo underground e dark Tricky dos anos 90 ao superstar que toca com Anthony Kiedis, Alanis Morissete e outros nomes da musica POP. Mas peraí? o que houve com ele? cheirou muita maconha? tá se entregando ao sistema? tá traindo o movimento? - pensaram os mais ortodoxos. Não! é somente mais uma faceta deste incrível artista que eles não notaram ainda. Uma pena.
Bury the Evidence
Diss Never
Evolution, Revolution, Love

PS: Descobri mais sobre o disco meses depois que ter ouvido exaustivamente, são sobre as participações célebres que contam desde Cindy Lauper até uma versão irreconhecível de "Something in the Way", do Nirvana. Ótimo e imperdível!

YM
__________________________________________

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Cibo Matto - Viva! LA Woman [1996]

Duo de garotas japonesas que tocam uma mistura de trip-hop entre outros estilos, banda de vida curta e poucos trabalhos e consequentemente, pouco lembrada nos dias de hoje. Teve seu auge nos anos 90 com o debut "Viva! LA Woman", bastante aceito e com videoclipes exibidos repetidas vezes na MTV com uma temática que justifica o significado do nome da banda (Cibo Matto = Comida louca, em italiano), letras descontraídas (sempre falando de comida) e melodias dançantes em um mix de estilos. Canções como "Know Your Chiken" e "Sugar Water" são as mais lembradas desse trabalho lançado em 1996. 
Elas não fazem um som que atraia um gosto mais "normal" e como não é meu caso resolvi postar, vale apena pela simpatia e desprentensão que elas colocam em um disco animado e dançante. E vale ressaltar que esse trabalho teve a participação de Ennio Morricone, um fora de série em todos os sentidos.

A primeira que escutei delas foi "Sugar Water", clipe muito louco e uma melodia que até hoje não sai da minha cabeça (e nem da minha playlist). Muito bom! Aqui está o clipe original: Sugar Water.

YM
___________________________________________
Download: Cibo Matto - Viva LA Woman!

Johnny Cash - American V - A Hundred Highways[2006]

Álbum póstumo lançado em 2006 e penúltimo da série "American", sucesso de vendas, alcançou 88 mil cópias vendidas logo em sua primeira semana. Assim como os demais discos, foi arquitetado pelo badalado Rick Rubin.

O disco segue a mesma lógica dos anteriores, mesclando canções próprias com covers de outros artistas.

"Quantas faces tem Johnny Cash, um amante, um lutador, um crente e, através de suas série American Recordings, um homem capaz de pesar o bem e o mal de sua própria vida e reconciliar com ele."
________________________________________
Download: Johnny Cash - A Hundred Highways

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ZZ Top - Rio Grande Mud [1972]


Segundo disco desses monstros colossais do rock, lançado em 1972, é um dos mais queridos trabalhos da banda e um dos mais ouvidos por cachaceiros, motociclistas à lá Hell's Angels e gente como eu. Nele você irá encontrar pérolas como "Francine", "Just Got Paid" e "Bar-B-Q", sucessos que estão presente em qualquer playlist de quem gosta dos caras. 
Eles em 1972, batutinhas, não?

YM
__________________________________________
Download: ZZ Top - Rio Grande Mud  CORRIGIDO

Billy Idol - Rebel Yell [1983]


Anos 80! Isso mesmo, podem me chamar do que quiser, pensar o que quiser e gargalhar a vontade! eu gosto mesmo, OH YEAH! É BILLY IDOL, BABY! O legítimo representante de uma raça denominada "punk de boutique" - podem incluir nessa lista os Sex Pistols :P - predominante nos anos 80 e cópia fajuta dos grandes nomes do punk, eles tinham um jeito diferente de se "auto afirmar" na sociedade, extravagante como todo punk mas com uma variante, extremamente OFF com espírito real da coisa, mais descontraídos e indiscutivelmente, comerciais.
"(...)With a rebel yell she cried more, more, more

In the midnight hour babe more, more, more(...)"

Eu sou punk, e você? rsrs Aproveite o clima, veia pulsante e raiva ao extremo (?!?!) e baixe esse clássico do Trash punk dos anos 80! É, IDOL, BABY, BILLY IDOL!

YM
________________________________________

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...