terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Queens Of The Stone Age - Stone Age Complications EP [2004]

Tempos difíceis entre os integrantes da banda logo após o mais exitoso trabalho, Songs For The Deaf , muito se comentava na época que o fato do lançamento deste EP estivesse diretamente ligado aos atritos entre Nick Olivieri e Josh Homme, seria uma maneira de pôr panos quentes na briga feia que os dois vinham tendo causado pelo comportamento "irresponsável" de Olivieri. Resultado? A corda arrebentou pro lado mais fraco e Nick pegou o beco (com Mark Lanegan indo com a lanterninha logo atrás). 
Resultado?[2] 

Um ótimo disco! gravações antigas como "The Bronze" e "Born To Hula" se juntaram com "No One Knows", hit máximo do Songs For The Deaf remixado pelo Unkle (S2Nevan) e mais versões de "Who'll Be the Next in Line" do Davies, "Wake up Screeming" dos Subhumans e a excelente "The Most Exalted Potentale of Love" do Cramps. 

Excelente disco anti-crise e um tiro no alvo, as canções desse EP provavelmente fariam parte do trabalho seguinte: "Lullabies For Paralize". Imagine? HAHA Mas foi bom assim, Josh Homme não queria um resquício sequer de Nick em seus projetos. Repare bem o título do disco e tire suas conclusões. 

YM

PS: Postei o disco adiantado por pura nostalgia mesmo, voltei a ouvir direto depois de anos e vim compartilhar nesse "blog do eu sozinho". HAUHAUHUA Enjoy!
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E não esqueça de baixar, aliás, o único link que achei... MEGAUPLOAD querido do meu S2, farás muita falta. Falando nisso:
VIVA O GORDO! SOLTEM ELE, ESSE HOMEM NÃO ROUBA NAVIOS NÃO, PORRA!


Download: QOTSA - Stone Age Complications EP (Corrigido)

domingo, 29 de janeiro de 2012

Biliie Holyday - Lady Day: The Best of [2001]

A prova que em meio a uma vida atribulada e um destino caprichosamente definido, é possível que o talento prevaleça. Mesmo após a morte. Billie Holiday: Uma mulher, um ícone e um dos pilares que sustentaram o Jazz desde sempre, imortalizada com nomes como: Miles Davis e Coltrane, Lady Day é a personificação do estilo e dona de uma das vozes mais importantes do século XX.

:Lady Day, o prazer é todo seu...
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Download: Billie Holiday - Lady Day: Best of

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Jeff Buckley - Sketches for My Sweetheart the Drunk [1998]


Álbum duplo composto em 1996 e lançado cerca de um ano após a sua morte. Jeff Buckley se juntou com Tom Verlaine (Television) para compor seu segundo disco, não foi lançado na época por decisão do próprio Jeff, que não havia gostado do resultado do trabalho, será que ele estava certo? pelo visto não. 

A cada canção, um lamento.
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Download: Jeff Buckley - (Sketches) for My Sweetheart the Drunk (Corrigido)

Queens Of The Stone Age - Queens of the Stone Age [1998]

Início dos anos 90. Nasce a barulheira dos ratos do deserto, dentre os principais nomes do Stoner Rock está Josh Homme, guitarrista do Kyuss e de vez enquando arranhava um fino vocal em meio a nada fina voz de Garcia. Em meia década, o Kyuss era a referência de um estilo direto, bruto e sem firulas, mas por volta de 1996 o grupo estava prestes a perder seu guitarrista e o rock ganhar uma das suas melhores promessas pra década seguinte, direto de Palm Desert, nascia o Queens Of The Stone Age.

Encabeçado por Josh Homme, o projeto (que ao meu ver não se distanciaria muito do som do Kyuss) da nova banda começa a ser elaborado junto com Nick Olivieri (baixista e ícone), e em 1998 saí o primeiro disco dos caras. Com a ótima receptividade do público e da crítica, este disco alavanca o QOTSA ao status de realidade no fim dos anos 90, inclusive partindo em turnê com bandas renomadas, a passagem definitiva para o sucesso viria alguns anos depois, mas esse trabalho abre espaço para a criatividade de Josh Homme e o toque insano de Nick em um disco consistente e incrivelmente foda. 

Sabe aquelas bandas que você dizia -"Cara, essa é a melhor banda do mundo!" AHUHAUHA só existia o QOTSA na minha adolescência, e pra mim, até hoje é a melhor banda do mundo. Em breve, a discografia completa e as raridades (covers e participações especiais).

Resume o disco e boa parte da carreira deles: "You Can't Quit Me Baby".
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Download: Queens Of The Stone Age - QOTSA

Living Colour - Vivid [1988]


Mas, seriam os aspectos citados anteriormente os mais relevantes sobre a banda em questão? Claro que não! Na verdade, nada disso devia ser chocante, mesmo naquela época, visto que Corey Glover (vocal), Vernon Reid (guitarra), Muzz Skillings (baixo) e Will Calhoun (bateria) eram "apenas" quatro caras com aparente tesão pela vida e fome de boa música. O resultado disso é "Vivid" (1988), álbum de estréia do Living Colour.
O riff inicial da famosíssima "Cult of Personality" - hoje ressuscitada pelos jogos GTA San Andreas e Guitar Hero - arrepia na mesma hora, e à medida que a música ecoa nos alto falantes, é impossível não colocá-la automaticamente no patamar dos maiores clássicos do hard rock. Na sequência, a alegre "I Want to Know" adiciona farofa na medida certa ao som da banda.
Mas, é a partir de "Middle Man" que os grooves mais virtuosos e realmente dançantes tomam conta de "Vivid", levando o ouvinte a se levantar da cadeira, fazer "air guitar" à la Vernon Reid, e chacoalhar durante a execução das faixas seguintes: a alucinada e arrepiante "Desperate People", e a criativa "Open Letter (To a Landlord)", a qual traz um impecável desempenho vocal de Corey Glover em suas passagens mais lentas.
Hora de diminuir o ritmo? De jeito nenhum! "Funny Vibe" é funk até o talo, não tem medo de soar "menos rock", e ainda destaca bem o baixista Muzz Skillings. Já "Memories Can't Wait" retoma a sonoridade hard rock em um momento perfeito. E depois de muita dança, chega o momento mais tranquilo do álbum: a bela e serena balada "Broken Hearts", que não deve em nada às faixas mais agitadas do disco.
A pop "Glamour Boys" pode assustar os roqueiros mais ortodoxos, mas sintetiza da melhor forma possível o conteúdo da maioria das letras do álbum, ao unir acidez e ironia a melodias e arranjos alegres. E a contagiante "What's Your Favorite Color? (Theme Song)" soa mesmo como uma "música tema" para o Living Colour. E fechando o álbum, a veloz "Which Way to America?" traz o melhor do caos sonoro, especialmente por parte do baterista Will Calhoun.
É de se esperar que os primeiros álbuns de qualquer banda chamem mais atenção, mas fora isso, são raros os casos em que álbuns com sonoridade realmente dançante e "pra cima" recebem elogios envolvendo "maturidade" e "experiência musical". E tais palavras, vindas de qualquer crítico, podem se aplicar perfeitamente a "Vivid". Então: "what's your favorite color, baby? Living Colour!"


Fabio Cavalcanti

Fonte: http://whiplash.net/materias/cds/090146-livingcolour.html#ixzz1kiwVW296

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Download: Living Colour - Vivid

sábado, 14 de janeiro de 2012

Asian Dub Foundation - Enemy Of The Enemy [2003]


Já falei do ADF como uma banda que tem uma proposta totalmente contrária aos de diversos grupos que se dizem agir sob motivação social ou política. Na verdade, esse discurso furado fica pra bandas direcionadas ao público infanto-juvenil que são facilmente ludibriadas pelas performances daqueles que consideram seus "ídolos". O ADF não faz protesto, eles são o protesto.

O Asian Dub Foundation transita em uma atmosfera completamente fiel a que vivemos, abordando assuntos polêmicos e por vezes ocultos, situações que todo cidadão está sujeito a passar. Discriminação, xenofobia e violência são exemplos frequentemente escrachados em suas letras que te convidam a refletir sobre a realidade seja na Inglaterra, na Índia ou mesmo aqui, no Brasil. Afinal, problema não tem nacionalidade, não é?

Pois bem, nem mesmo a música tem nacionalidade, pelo menos é o que a alquimia musical dos caras dão a impressão, a ousadia de misturar tantos rítmos e acabar em um trabalho milimetricamente perfeito não é pra qualquer um, "Enemy of the Enemy", de 2003 é um exemplo dessa mistureba que engloba melodias indianas, reggae, drum n' bass e rap, com letras que abordam desde os eventos de 11 de Setembro ao Massacre do Carandiru estas são provas dessa integração que a banda tem com esse tipo de assunto, rompendo fronteiras e escancarando a realidade, pra ver e ouvir.

O disco começa com a vibrante "Fortress Europe", hip-hop, eletrônica e como sempre, guitarras afiadas, a música fala sobre a globalização e os efeitos negativos em povos menos favorecidos. "Rise to the Challlenge" segue a vibe da anterior, batidas empolgantes e uma atmosfera que te convidam a sacudir a cabeça; "La Haine" foi composta em protesto a morte de um amigo por policiais - uma cruel vingança a base riffs nervosos e percussão hindu. 

A partir daí chegamos à melhor faixa do disco (ao meu ver), a indescritível "1000 Mirrors", interpretada por Sinead O' Connor. Maravilhosa canção que retrata a violência doméstica sofrida por uma mulher que, pelos maus tratos sofridos durante anos acaba assassinando o marido, foi julgada e condenada e após vários protestos realizados em solidariedade a pena foi reduzida. A letra dessa música foi inspirada nesse fato.

"19 Rebellions" é outro ponto marcante do disco, composta na época da rebelião que acabou por terminar em 111 presos executados - O Massacre do Carandiru. A música começa com um boletim de rádio relatando o ocorrido na época acompanhado por versos de Eddy Rock (Racionais MC's) perfeitamente ajustados com berimbau e no refrão, a voz do vocal gritando "I bom pra caralhiôô". HAHAHA Perfeito. 

"Blowback aborda um pouco sobre o 11 de Setembro, assim também como a agitada e envolvente "Enemy of the Enemy" que dá nome ao disco. Dá até uns arrepios ouvindo essa. Foda demais!

A poderosa "2 Face" fala sobre a deslealdade das pessoas, diferentemente de "Power to the Small Massive" que retrata as boas vibrações regados a rítmos indianos. O rítmo indiano também é latente em "Dhol Rinse" e "Basta", esta última com um forte teor anti-globalista, seguindo a trilha de "Rise to the Challenge". "Cyberabad" não é cantada, mas nem por isso menos vibrante quanto as outras, o dub com uma belíssima voz ao fundo te dá impressão de estar em uma viagem pelo Oriente. 

Ousadia, criatividade e muita atitude fazem deste trabalho um dos melhores de 2003 e um dos mais bem sucedidos de toda a carreira do grupo. "Enemy of the Enemy" é imprescindível pra quem quiser conhecer esses caras que fazem muito mais que só gritar palavras de ordem, eles exploram a diversidade musical e abordam assuntos polêmicos reforçando o maior caráter que a música pode assumir em uma sociedade, de integração e responsabilidade com as causas sociais, sem falsidade e oportunismo.

O clipe de "1000 Mirrors".

YM
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Stone Temple Pilots - Core [1992]


O Stone Temple Pilots foi umas das mais importantes bandas dos anos 90 se integrando ao grunge (há controvérsias) que era o estilo predominante da época, esse rótulo foi dado justamente pela banda tentar emular o som das bandas grunge da época como Pearl Jam e Alice in Chains - pelo menos era isso o que dizia a crítica musical. Essas críticas não pareceram abater Scott Weiland, dono de uma potente voz que já integrou outros projetos pós-STP como o bem sucedido Velvet Revolver. Em 1992 sai, Core, o primeiro disco do Stone Temple Pilots.

Sucesso de vendas (e de crítica), Core abriu as portas para o mainstrean colocando o Stone Temple Pilots em evidência até o ótimo acústico Unplugged MTV (assunto para outros carnavais). O STP fatura alguns prêmios naquele ano, dentre ele o de "banda revelação" e o de melhor clipe para "Plush", o mais importante deles veio posteriormente, o lugar garantido entre os 200 discos definitivos do Rock n' Roll of Fame, honra ao mérito por um excelente disco. Nele você encontrará os maiores sucessos do início da carreira dos caras, canções como "Plush", "Wicked Garden" e "Creep" justificam todo o reconhecimento e respeito que o STP tem no meio musical. 
Plush.

YM
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Download: STP - Core CORRIGIDO

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Living Colour - Stain [1993]

Indiscutivelmente o disco mais pesado dos caras, a sonoridade da banda que sempre foi influenciada por estilos oitentistas (Hard Rock, Metal) se mostra mais forte que nunca nesse disco lançado em 93. Ao contrário de "Vivid" e "Time's Up" que apresentavam uma dosagem equilibrada dos diferentes que vão do Funk até as rápidas guitarras dos heróis farofeiros dos anos 80, "Stain" é bruto, no entanto, sem descaracterizar o som da banda. O diferencial de "Stain" é que mostra a aura pura deles, colocando a prova toda a técnica de Reid e cia.

Este trabalho marca também o longo hiato da banda após a saída de Vernon Reid que queria se dedicar aos seus projetos paralelos. 

YM
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Living Colour - Stain

Acid Jazz & Soul: 20 Jazzy Tracks With a Touch of Soul vol.1 - Vários Artistas [2009]

Primeira parte da coletânea que reúne 20 canções de vários gêneros, dentre eles: Acid Jazz, Jazz e Lounge. Um disco bem eclético e agradável de se ouvir. Recomendado.

YM
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V.A. - Acid Jazz & Soul: Jazzy Tracks With a Touch of Soul vol. 1  CORRIGIDO

Sreeming Trees - Sweet Oblivion [1992]


Encabeçados por Mark Lanegan, o Screeming Tres se formou em 85 e acabou se juntando ao estilo que causaria impacto nos anos seguintes: o grunge. Ainda que com trabalhos excelentes, ficaram meio que alheios ao estrondoso sucesso dos grandes grupos de Seatlle como o Nirvana, Pearl Jam e Soundgarden, mesmo que com discos impecáveis e bem recebidos pela crítica e pelos fiéis seguidores da banda. 

O Screeming Trees teve seu ápice em 1992 com Sweet Oblivion, no auge também estavam os discos Nevermind, do Nirvana; Ten, do Pearl Jam e ainda assim, o disco obteve êxito alcançando a marca de 300 mil cópias vendidas, ponto positivo pra Sweet Oblivion que conseguiu algo mesmo esmagado entre dois clássico e outros grandes trabalhos seguintes, vide Superunknown, do Soundgarden. 


O anos se passaram, desentendimentos e longos hiatos fizeram por dar fim a uma das grandes bandas dos anos 90, o que não diminuiu em nada sua importância nessa década que é considerada de ouro para o rock n' roll. 

Com o fim definitivo da banda nos anos 2000, Lanegan, dono de uma voz diferenciada, ainda participou ainda de alguns projetos paralelos, mas sem grande sucesso. Fez parte do Queens Of The Stone Age desde os primeiros trabalhos até "Lullabies to Paralyze", de 2005 quando foi demitido "por aparecer de vez enquando e quando aparece, chega bêbado e largado feito um porco" segundo Josh Homme. Mesmo assim um beberrão incorrigível ainda é muito querido pelo "Boss Homme" e demais membros da banda. 

Aliás, o QOTSA é outra das minhas estimadas bandas de tempo de moleque e que irei postar os melhores discos assim como as raridades da banda que tenho no HD. É, mas o Queens of The Stone Age é outra história e pra outros dias. 

Mark Lanegan seria um filho bastardo de Tom Waits? hahah Se depender da voz e dos hábitos etílicos, sim. Sem mais enrolação, ouça belíssimas canções como "Julie Paradise", "Winter Song" e "Dollar Bill", a última está abaixo:

YM
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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Garbage - Garbage [1995]

Debut do Garbage lançado em 96, não se deixem enganar pela capa rosinha e da vocalista (Ai ai ui ui!) com cara de anjo, é um disco viciante e muito bem produzido do jeito que só eles sabem fazer. Faixas como "Queer", "Only Happy When it Rains" entre outras irão te hipnotizar, o mesmo digo da maravilhosa Shirley Manson, minha musa, minha esposa, meu vulcão!
"Delícia, delícia... Assim você me mata!"
Abaixo a minha preferida: Shirley Man... "Only Happy When It Rains".

YM S2
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Garbage - Garbage CORRIGIDO (VIA FILEFACTORY)

Legato - If You Suck My Soul feat. Karen Jones - Wonderland [1996]

Da série vomitando arco-íris. Sem querer achei essa música em uma compilação de Jazz & Soul em um site gringo. A música é "If You Suck My Soul" de Wonderland, disco lançado em 1996. Posto o disco inteiro e a compilação depois de baixar apreciar lentamente. Por enquanto fique com essa deliciosa faixa.

YM
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 Download: Legato ft. Karen Jones - If You Suck My Soul

Social Distortion - Social Distortion [1990]

Lendária banda punk dos anos 80 e posta como uma das responsáveis pelo movimento revival que deu sobrevida ao punk rock nas décadas seguintes. O ótimo disco de 1990 consolida de vez como um dos ícones no estilo e assegura a fidelidade no som, no comportamento e dos milhares de seguidores.

Este foi o disco mais comercialmente bem sucedido do Social D e o mais aclamado pelo fãs, pra mim o começo de uma nova fase da banda que traz um amadurecimento que norteou os trabalhos seguintes. Como sempre, letras tocantes e guitarras estridentes e um grande presente aos ouvidos, o cover da música "Ring Of Fire" de Johnny Cash. Aliás, o country aparece latente nesse álbum que vale apena ouvir, você já viu alguém que nunca deixou uma lágrima escorrer interpretando uma canção do Man in Black? Impossível, amigo. 
Social Distortion é pra mim (assim pra como os milhões de fãs) uma história particular engraçada que você se emociona ao lembrar, um álbum velho de família que te traz algo mais que só saudades ou mesmo a história detalhada da tua vida. 
Destaque especial para Let it Be Me, Story of My Life e Ball in Chain.


YM
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Social Distortion - White Light, White Heat, White Trash [1996]

Já falei sobre o SXDX aqui, uma das minhas bandas preferidas e idolatradas. Os caras quanto mais envelhecem melhores ficam. Mas esse disco é dos anos 90, mais precisamente 1996, potente e incrivelmente foda, ao estilo de Ness e cia.
Esse disco te faz ficar assim:
Excelentes canções como Dear Lover, Untitled, When the Angels Sing e Under My Thumb fazem desse disco um dos melhores da carreira deles e o meu favorito. O sentimento e a criatividade esporrado nas letras de Mike Ness são raríssimas exceções nas bandas punks nos anos 90.

YM
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Social D - White Light, White Heat, White Trash

Gin Blossoms - Outside Looking In: The Best Of Gin Blossoms [1999]

Ouvi duas músicas do Gin Blossoms lá por 2004 e gostei muito, eram "Follow You Down" e "Hey Jealousy!", a primeira marcou a minha adolescência sobretudo por representar mais que só uma canção pra mim, na verdade é um hino dos tempos de moleque mesmo com gáita e tudo. A segunda já no aos 16 e 17 quando passei alguns maus bocados na vida. Já este disco, uma compilação dos dois melhores trabalhos da banda, veio a calhar em um momento de transformações desse que vos escreve. Falei mais de mim do que dos caras? HAHA Então abaixo está uma biografia da banda:



YM
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Download: Outside Looking In: The Best of Gin Blossoms

Echo and the Bunnymen - Siberia [2005]

O Echo and the Bunnymen é uma banda que dispensa apresentações, uma das melhores bandas britânicas de todos os tempos e considerada a numero 2 de Liverpool (nem te conto que é a primeira...). Com o auge da carreira nos anos 80 deu-se ao luxo de oscilar nas décadas seguintes. Com o temperamento difícil de Ian McCulloch, os trabalhos seguiram irregulares durante os anos. 

Os anos se passaram e eu lhes apresento Siberia, nono álbum de estúdio do Echo. Uma grata surpresa de 2005, no meio da década e eles fizeram valer todo o prestígio que gozam no mundo da música e revivem os grandes tempos de outrora com um belíssimo trabalho. O nome do disco é o mesmo do local onde escolheram pra se exilar - nos confins da Rússia, Siberia - refletindo e compondo canções que facilmente os colocou nos eixos e também como um dos melhores discos da década. 
Canções como Weather Storm, Parthenon Drive e Scissors in the Sands coroam a volta dessa lendária banda pós-punk da terra da rainha. Abaixo, "Storm Weather":
Ano? 2005! nem preciso dizer nada, né? Ô saudade! Meu querido Echo.

YM
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Download: Echo and the Bunnymen - Siberia

Oasis - (What's the Story) Morning Glory? [1995]




Resenha muito bem feita do disco por Moyses Neto

Poucos álbuns dizem tanto de uma geração quanto “(What’s the story) Morning Glory”. Tanto isso é verdade que uma pilha de leitores desse blog certamente tem muito mais a dizer sobre ele que eu, apesar da minha obsessão pelo rock e de o Oasis estar entre as minhas três bandas favoritas. Entretanto, é preciso contar algo sobre esse disco, e começarei pelo contexto.

A Grã-Bretanha passava por um momento relativamente conturbado. Já eram alguns anos de prevalência do rock norte-americano, a partir do grunge, sobre o rock britânico. As revistas pastelonas que até hoje continuam fazendo esse papel de bobo (NME e outras) tentavam emplacar bandas, mas pouco conseguiam: Stone Roses (apesar de tudo, uma lenda em solo britânico), Suede, Elastica, Supergrass. Apesar de não serem ignoradas, essas bandas não conseguiam alcançar o nível das principais da época: Nirvana e Pearl Jam. Em termos de mainstream, o rock britânico agonizava.

Foi então que apareceu – ao mesmo tempo em que começava o ocaso do grunge com o suicídio de Kurt Cobain – uma hecatombe chamada OASIS. Pegando emprestado o acervo melódico e a beleza dos arranjos vocais dos Beatles e atualizando-o com as influências de My Bloody Valentine, Stone Roses, Sex Pistols e toda parafernália do rock britânico do início dos anos 90, a banda cunha um estilo a opor ao grunge: o britpop. O arrojo punk combinado com baladas recuperadoras das raízes do rock inglês pode ser traduzido nos seus dois nomes: Liam e Noel Gallagher. Essa dupla explosiva de irmãos contrastava a atitude anti-hype de Kurt Cobain e Eddie Vedder com um sonoro sim, nós queremos ser rock stars, desde que isso signifique ser transgressor, beber e se divertir ilimitadamente, ser jovem para sempre. Todo o resto não importa. Primeira música do antológico primeiro álbum: “Rock ‘n’ Roll Star“.

Após verdadeiramente explodir em 1994 na Inglaterra, o Oasis vai conquistar o mundo. A polêmica com o Blur – o outro expoente do britpop – catapultou o Oasis para o sucesso. Apesar de ter perdido a disputa de singles com “Some might say” (onde a influência das bandas de início dos anos 90, com paredes de guitarras e violência sonora, ainda é muito nítida), o que se seguiu na comparação entre “(What’s the story) Morning Glory” e “The Great Escape” foi verdadeiro massacre. Tudo isso se potencializou com a atitude baderneira, caótica, desafiadora dos irmãos de Manchester (terra da principal agitação musical britânica no início dos anos 90).
E o disco? Musicalmente, é impecável. Abre com “Hello”, a mais shoegaze de todas, saudando os fãs, “é bom estar de volta”, com paredes de guitarras e atitude de quem estar abrindo o jogo no ataque. “Roll with it”, “Some might say”, “Hey Now” e “Morning Glory” compõem o bloco das pesadas e eletrificadas ao extremo canções de agitar qualquer platéia. A energia que penetra nos poros é indizível. É como tomar um martelinho de tequila: bate aquele calor na goela e dá vontade de pular. “Wonderwall”, “Don’t look back in anger”, “Cast no shadow”, “She’s electric” e “Champagne Supernova” compõem o outro bloco: as baladas devastadoras que, recuperando o legado dos Beatles, mostram um domínio da harmonia e da melodia ímpar. A voz rasgada de Liam, em particular, somada ao perfeito backing vocal de Noel, dá uma feição totalmente particular a essas belíssimas canções na maioria tocadas com violão pela banda.


O back to basics do Oasis (que não foi a mesma coisa do Strokes, alguns anos depois) é, essencialmente, um retorno às raízes do rock britânico para fazer uma sonoridade suja o suficiente para ser chamada de rock’n'roll. Abdicar das experimentações extremas para dar origem a algo simples, curto, reto, seco, direto, mas essencial: simplesmente rock. Esse som de, por exemplo, “Morning Glory”, merece ser chamado de POWER.
“(What’s the story) Morning Glory” não é apenas o signo de uma geração pós-grunge que encontrou no Oasis a banda definitiva. É a maturidade da conciliação entre as tendências mais díspares e ao mesmo tempo fundamentais do rock britânico: os melódicos Beatles, com seus arranjos perfeitos e harmonias vocais absolutas, e os barulhentos punks, com suas guitarras simples, estridentes, sua eletricidade pulsante. Álbum essencial para quem quer entender qualquer coisa sobre o rock.
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R.E.M. - Automatic For the People [1992]

"'Automatic For The People' é um dos discos mais intimistas e sombriamente belos já feitos. É também o álbum menos comercial do R.E.M.. Nenhuma de suas doze faixas gruda automaticamente no ouvido. É preciso ouvir e ouvir e, quando menos se espera, está-se diante de uma possível obra-prima.(...) O disco entrou direto no segundo lugar da Billboard e encabeçou a parada inglesa. Mas, quanto ao rock, esse, ficou de fora. Quase não se percebe a bateria no disco. É quase uma depuração mais despojada de 'Out of Time' (já em si depurado). (...) E, ainda que denso e tendo a morte e a nostalgia como elementos fundamentais em sua atmosfera, 'Automatic For The People' é um disco leve. Como às vezes é leve a respiração". 

Daniel Benevides
Que tal você vender dez milhões de cópias de um álbum e, na seqüência, lançar outro totalmente diferente e, mesmo assim, vender doze milhões de cópias? Se acreditar em seu próprio caminho valeu realmente a pena alguma vez na vida de alguém, talvez seja aqui. Pisando no freio, Stipe conseguiu aquilo que queria desde 'Green': um álbum totalmente acústico. E triste. E maravilhoso. E soberbo. E intocável. Letras tocantes, musicalidade impar, um álbum arrebatador. Como curiosidade, o ex-baixista do Led Zeppelin, John Paul Jones, ficou responsável pelos arranjos orquestrais de quatro faixas do álbum, entre elas, 'Drive' e 'Everbody Hurts'. 

Marcelo Costa
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Download: R.E.M. - Automatic For The People CORRIGIDO

Radiohead - Ok Computer [1997]

Presença confirmada pelo menos entre os 150 primeiros lugares em qualquer lista coerente de melhores discos de todos os tempos, um dos melhores da década de 90, Ok Computer é uma obra-prima do Radiohead com letras contundentes sobre o comportamento humanos moderno este disco genial que consolidou a banda em um patamar acima do comum (levando em consideração aos estilos predominantes da época) e trouxe o respeito que definitivamente os colocou no topo nos anos seguintes até os dias atuais. O Radiohead não faz boa música, eles são os melhores no que fazem e toda a carga depressiva de Thom Yorque depositada em suas composições culminam em trabalhos que englobam aspectos comuns da vida moderna, na minha ou na sua vida. 
Em que ponto Thom Yorque e cia. conseguem adivinhar o que você pensa? Até quando eles serão os melhores no que fazem, como, Thom, como você faz? O Radiohead não faz música, e não sabemos o que eles fazem. É absurdo.

#Tracklist
1.Paranoid Android
2.Subterranean Homesick Alien
3.Exit Music (For a Film)
4.Let Down
5.Karma Police
6.Fitter Happier
7.Electioneering
8.Climbing Up the Walls
9.No Surprises
10.Lucky
11.The Tourist

Um trabalho superior, como nada feito até o momento, uma dosagem perfeita dos elementos eletrônicos com o rock que só os britânicos sabem fazer, razão dessa perfeição? mesmo após 15 anos de seu lançamento o álbum permanece atual, como se o mundo não tivesse mudado nada de lá pra cá. Dizem que para um trabalho ser reconhecido deve se passar anos e anos e ser reavaliado sobretudo pela sua importância, concatenando as épocas e o seu legado. Ok Computer extrapola a perfeição, aclamado e regravado até em diferentes estilos vide um cd tributo em comemoração aos 10 anos feito por um grupo jamaicano de reggae, e logicamente influenciou diversos trabalhos de outras bandas da década seguinte. A primeira faixa está abaixo:

"Paranoid Android" é o destaque do disco, lançado a contragosto dos produtores por ser tão longo acabou por ser um excelente êxito, exaustivamente exibido na MTV e mesmo com produção de baixo custo (por ser uma animação) está também entre os melhores videoclipes de todos os tempos. Canção cujos extremos se encontram em um mix de raiva e crítica munidos com a esquizofrênica guitarra de Greenwood. O melhor disco da banda, o melhor de cada músico foi exigido e eu duvido que algum trabalho posterior tenha chegado a tal nível. 

YM
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Download: Radiohead - Ok Computer CORRIGIDO

David Bowie - Best of Bowie (CD1 & CD2) [2002]

Multifacetado. Este homem influenciou grandes artistas devido a capacidade de se transformar a cada fase se adaptando (como um camaleão) as mudanças no mundo do rock. Um artista completo, ator, cantor, compositor e... um mutante. Essa é a compilação que abrange melhor toda a carreira, dos primórdios nos anos 70 ao disco de 2004, Earthing.
 Assim...
Anos 90.
Bowie e seus folclóricos olhos...(um de cada cor).

YM
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Download: Best of Bowie (CD1 e CD2) CORRIGIDO
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